segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

memórias de um cachorro - a surra

Eles chegaram. Ela e o grandão.
Brincamos, fizemos festa.
Ganhamos as comidinhas do final de semana.
Ela foi andar pelo terreno.
A rotina de sempre.
Passou pelas frutas, comeu algumas,
olhou se ainda tinha figos.
Subiu e foi mexer nas orquídeas, molhou algumas plantas.
Foi na horta e remexeu nas verduras,
disse algo sobre leite nas folhas de mostarda,
afastar as joaninhas que insistem em devora-las.
O grandão estava no galinheiro, chamou, e ela foi.
Depois disso não sei como tudo aconteceu.
Ou melhor eu sei ,pois,  eu senti.
Senti aquela alegria louca ao ver as galinhas de um lado para o outro.
Não entendo porque meu irmão mais velho nem liga.
Senti aquela vontade incontrolável de correr atrás.
Senti algo que é meu instinto e pulei nos patinhos que saíram pela tela.
Eles são tão bonitinhos e fazem barulho quando andam.
Pois é.
Senti que ela veio gritando feito uma louca.
Senti que o tempo ia fechar para o meu lado.
Senti literalmente no lombo quando o grandão me deu uma varada.
Uma só não, várias.
A surra correu solta.
Não adiantou correr na velocidade da luz.
E entendi que , não é que meu irmão mais velho não ligue;
é que ele já aprendeu que não pode.
Fiquei de castigo o resto do dia na casinha.
Emburrado.
Perdi meu dia com ela.
ps.: os patinhos não são lindos ? Eu não tenho culpa ;tenho?!

3 comentários:

  1. Nha que gracinhaa!
    Sinceramente até eu correria atrás dessas fofuras! hahaha

    Beijinhos

    ResponderExcluir
  2. São uns marotos!!!! Ai os cachorros, os cachorros .... hehe

    ResponderExcluir
  3. kkkkk...os patinhos são fofos...
    Esses cachorrinhos danados!!!Risos!!
    Dadinho do bubum,ui!!!

    Beijinhos ILUMINADOS!!!

    ResponderExcluir

adoro suas letrinhas combinando com as minhas