Como disse outro dia, agora somos em quatro e no meio desses quatro,
existe uma menina.
Um mocinha.
Muito mal humorada, nervosinha e ao mesmo tempo pequena e delicada,
como todas as fêmeas devem ser.
Pois bem, de repente essa mocinha começou a levantar em nós três um
alvoroço que nunca havíamos sentido antes.
Um calor, um fogo ardendo, sei lá.
Vocês entendem o que eu estou querendo dizer.
O meu irmão do meio, o branquelo foi o primeiro a descobrir que ela era
diferente da gente e logo já ficou todo amiguinho dela.
A outra criatura que chegou com ela também caiu de amores, mas eu não
estranhei muito, pois afinal eles chegaram juntos.
E nada mais natural que eles fossem mais unidos e amigos.
Aonde eu quero chegar é que ...
outro dia começamos a sentir que esse fogo ardendo virou meio que um
incêndio sem controle.
E que ela, a tal mocinha, se transformou no objeto de todos os nossos
desejos.
Melhor que comida, melhor que ir na estrada, melhor que correr para a
porteira, melhor que latir sem parar, melhor que brincar , melhor, melhor,
melhor que tudo que existe no planeta.
Melhor até que Ela, minha rainha, minha dona,razão do meu viver.
E quando a noite caiu parece que tudo ficou mais forte e foi uma correria
sem fim.
Então, Ela e o Grandão prenderam a mocinha no canil.
Isso foi o fim.
Isso foi o desespero total de uma raça em chamas.
Meu irmão do meio ficou na porta gritando feito um doido.
Eu estava interessado, mas não tanto quanto aqueles dois.
E a criaturinha, o meu irmão mais novo, o que veio com ela, parecia um
louco desvairado.
Corria de um lado para o outro , uivava, latia, pulava na tela.
E então ele teve a brilhante ideia de dar a volta e subir no telhado do canil.
Lá de cima tudo ia ser mais fácil.
Sem tela forte, era só chegar na beira e pular. Bum ! estaríamos lá dentro
com a mocinha e poderíamos apagar nosso fogo com ela.
Só que as coisas não aconteceram como o planejado.
As danadas das telhas começaram a escorregar, e uma a uma cair telhado
abaixo.
Agora; alguém sabe me dizer o porque daquelas telhas não estarem presas?
E o nosso plano saiu pela "culatra".
Fez um barulhão danado na hora que as telhas começaram a cair.
E Ela e o Grandão levantaram desesperados .
Mas não conseguiram entender o que estava acontecendo naquele escuro.
E a noite virou dia e nós não conseguimos entrar no canil.
E bem cedinho o coisinha, o irmão mais novo, resolveu fazer outra tentativa.
Só ele que foi, nós, mais velhos de casa, já aprendemos que a noite
" todos os gatos são pardos", mas que de dia a história é bem outra e
o castigo também.
E então...
Não teve castigo, só uma gritaria louca.
E o objeto de nosso desejo foi para dentro de
casa e nós para dentro do canil.
O fogo continua queimando.
Acho que por eu ser o mais velho é só um ardido
que sinto.
Mas meus outros dois irmãos.
Adolescentes ainda....o fogareu tá doido demais !
texto remall.
foto remall, o irmão mais novo em cima do telhado
ahahha, eu lendo e dando gargalhadas com o telhado!!!!
ResponderExcluirSem dúvida esta galera é muito animada amiga.
Amo as memórias deles, vc escreve mto bem, parabéns!
eu gosto também das memórias, depois que tudo passou é divertido contar...mas tá sendo difícil viu ! cada dia uma loucura nova.
ResponderExcluiro telhado ainda continua sem telhas .
obrigada pelo elogio , eu com as minhas letrinhas e vc com as imagens
bjs