sábado, 12 de julho de 2014

Sábado de julho

Fazia tempo que o medo não me amedrontava
Que o escuro vinha sendo claro
Que o silêncio não me entristecia
Fazia tempo que os caminhos não eram tortuosos
Que as lágrimas não eram geladas
Que o frio não me incomoda
Fazia tempo que não sabia o que era tristeza
Que não me afastava do sorriso
Que meus pés não se embolavam nos caminhos
Que a luz não se amarelava no final do túnel
Fazia tempo que as forças não se tornavam fracas
E que as feridas não ficavam abertas

Preciso procurar mais o bálsamo que cura as dores
do que os pássaros que colorem as lentes de minha Canon





texto remall
foto remall, neblina da manhã

2 comentários:

adoro suas letrinhas combinando com as minhas